Olho e observo
em torno... Vejo nas empresas por onde transito; vejo nas mídias sociais, escuto nas conversas
em cafés, nos restaurantes, nos bate-papos de corredores...
Estamos todos
muito voltados para fora e pouco conectados com nosso mundo interior. Super pré-ocupados.
Com o exterior. E, como tal, pouco ocupados com o essencial, os nossos desejos
internos de estar em paz, de viver mais saudavelmente, de ter mais tempo para a
família, para estar com amigos, etc. Afinal, são tantas as demandas externas!
Como sobreviver em um mundo que escolheu a competitividade em vez da colaboração? Como conviver na empresa com líderes e colegas que nos sufocam por suas posturas e atitudes muitas vezes tóxicas? Como conseguir trocar a noite de sono pela preocupação do trabalho de amanhã? Como negociar a paz de espírito pelo salário?
Existe, em todos
nós, uma ânsia, verdadeira e real, por sermos felizes ou buscarmos a felicidade. Porém, onde
encontrar a felicidade que não estamos encontrando? Fora de nós...E aí começa o
perigo! Inconscientemente compensamos a infelicidade, calando nossos mais legítimos
desejos internos e buscando a felicidade fora de nós. Em coisas, objetos e até
em pessoas que cremos – que uma vez obtidas – nos trarão a tão buscada felicidade.
E, então, trocamos nossa paz de espírito
pela busca de um carro melhor, um apartamento
maior , mais uma roupa da grife, o novo modelo do celular top de linha, etc... Um círculo vicioso e ilusório que nos
aprisiona cada vez mais.
E, enquanto vamos nos enganando projetando a felicidade
que um dia obteremos no externo, vamos
adoecendo no interno. Nos arrastamos para o trabalho que já não nos traz
satisfação; dirigimos no trânsito que nos rouba muitas horas de vida
diariamente, engolimos as refeições rapidamente. “É preciso fazer mais com
menos...”
Para calar a dor da alma que grita
desesperadamente, nos voltamos ainda mais
para o exterior e nos fingimos de surdos ( e mudos). Olhamos para os lados e
justificamos que o que estamos vivendo é normal, “ todos fazem assim”... Algumas vezes fazemos de conta, jogando o “jogo
do contente”, publicando a imagem que desejamos
passar de felicidade nas mídias sociais.
Esquecemos que
precisamos de momentos diários de interiorização, de plena consciência em
escutar os nossos valores mais verdadeiros e os desejos mais legítimos de nosso
coração. Escutar aquela voz que queremos, por medo, calar.
Precisamos de
estar conosco em meditação, em oração à nossa verdade interior, dialogando
amorosamente com nossos medos, se quisermos ressignificar nossa vida. Para isso,
precisamos ser verdadeiros e compassivos conosco e, também, com as pessoas que nos cercam. A mudança exterior só começa após a coragem de
uma mudança e um equilíbrio interiores.
(#BNK!)
(#BNK!)