segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Feliz Ano Novo!

Começo 2012 me propondo o desafio de escrever um novo artigo. Assim, o pensamento logo migra para sobre o que escrever. Sobre o novo ou sobre o velho? Talvez um misto dos dois. Tenho em mim o velho e o novo.
Começo a pensar... Completei 63 anos de existência o que significa tempo de aprendizado – sempre constante – na vida, acumulado. E, comecei mais um ano de vida e de aprendizado, do novo, ontem, dia 01 de janeiro de 2012. Incrível como o coexistir entre o que já existe e o que estar por vir, sempre perfazem um eterno vir a ser.

Neste momento de vida creio que estou fazendo uma passagem arquetípica de “guerreiro” para “velho sábio”. Ou seja, mais um vir a ser.

Penso... Toda passagem exige largar coisas antigas para poder abrir espaço para coisas novas. Lembro-me de uma frase que escutei do Dr. Leon Bonaventure (a quem peço permissão para citar aqui neste artigo no blog). Uma vez ele me perguntou com seu sotaque belga: “Você sabe qual é a maior dificuldade do cachorro velho?” Eu perguntei-lhe: “qual?” “É, largar o osso”, respondeu-me de imediato com aqueles olhos brilhantes, cheios de vida e de sabedoria.

Para 2012 quais os ossos que devo largar? Quais as passagens que devo realizar, questiono-me?
Não me apegar tanto à forma (corpo) e, sim, mais com a essência (alma).
Aproximar-me cada vez mais da simplicidade foi a segunda resposta que apareceu. Ser mais a presença do simples, do menos formal, do descomplicado, tornar as coisas mais fáceis para mim e para os outros.
Ser cada vez mais eu mesmo em essência. Mostrar e compartilhar mais e mais valores e crenças que sustentam meu propósito nesta vida alinhando a eles cada vez mais o meu sentir, pensar e agir. Não temer a rejeição por ser eu e ser quem eu sou único.

Largar o osso não poderia ser largar o medo de envelhecer e confrontar-me com limites?

Lembro-me, agora, também de meus filhos, Rodrigo e Leonardo, ao dizerem-me “pai, nós e a maioria das pessoas, seus alunos, clientes e amigos reconhecem em você “o velho sábio”. “Você precisa ser ele mesmo para você!”. Ah, o velho ditado “Santo de casa não faz milagre”. Será que estou fazendo a passagem e não a enxergo? Preciso do olhar dos mais novos para neles ver-me refletido?

Que coisas todas faziam sentido em 2011 e que não farão mais sentido em 2012? O que é que todos nós precisaremos largar nesta passagem de ano? Onde nos precisaremos ver refletidos?
Deixo 2011. Que venha 2012. 2011+1= 2012. Simples assim. O velho e o novo com suavidade e doçura.