Em nosso projeto de
vida, somos nossos próprios fornecedores e clientes. Vivemos em um mundo
relacional. O que faz a diferença é o grau de consciência e como o expressamos
na vida. Expressar a consciência é, por exemplo, ajudar as pessoas a serem
responsáveis pelas próprias escolhas. A qualidade das escolhas pode tornar o
nosso mundo melhor.
Que tal se a maioria de nossas
escolhas fosse consciente? Se as pessoas percebessem que o ato da escolha não
se encerra na ação? Que toda a vez que escolhemos o ato de escolher ou de não
escolher trará para nós e para todos os envolvidos direta ou indiretamente com
a escolha ou a omissão, consequências que podem não ser visualizadas de
imediato, mas que ocorrerão a curto, médio e longo prazo?
Um pouco mais ainda: a escolha
pode ser por ação ou omissão. Quando, por exemplo, podemos, mas não desejamos
escolher. Em ambos os casos a ação ou a omissão trará seus efeitos. Não se pode
fugir das escolhas assim como não se pode fugir da responsabilidade por elas.
Quem sabe sair de si
(egocentrismo) e pensar também no outro (altruísmo) antes de fazer escolhas
possa ser um primeiro passo para expandir a consciência e melhorar essa
condição de escolher?
Pensar no outro deveria ser
matéria obrigatória em nossas escolas desde o primeiro grau de ensino. Não se
aprende empatia com a cabeça, mas com o coração.
Vivemos em um mundo relacional e
interdependente onde tudo, absolutamente tudo, está inter-relacionado. Escolher
o melhor não apenas para si, mas para o sistema onde estamos inseridos pode
propiciar uma expansão da consciência e uma escolha que pode tornar aquele
ambiente onde estamos inseridos melhor qualquer que seja ele (a família, a
empresa, a comunidade e o planeta).
Costumo dizer que precisamos
pensar com nossa cabeça, mas com o coração do outro. Lembro-me de que quando criança
minha avó dizia aos netos após fazer um bolo: “um corta e o outro escolhe o
pedaço”. Simples assim!
Ricardo Farah